Sumário
A relação entre a LGPD e o WhatsApp está sendo bastante discutida, afinal, se de um lado essa rede social é uma das mais usadas, do outro, a Lei Geral de Proteção de Dados propõe regras para que essa utilização aconteça da forma correta.
Essa pauta é de suma importância e demanda adequações por parte das marcas, pois, além da lei prever sanções administrativas (multas, bloqueio de dados, advertências, publicização de infrações) para quem a descumpre, o próprio WhatsApp pode realizar o banimento de contas.
Diante deste cenário, o objetivo deste texto é explicar melhor o que é a LGPD, tal como apresentar algumas boas práticas para que o varejista utilize o WhatsApp sem feri-la.
Vale ressaltar que esse texto foi escrito com base na nossa experiência prática atendendo mais de 300 clientes do varejo brasileiro.
Vem com a gente?
Em 18 de setembro de 2020, a LGPD (Lei Geral da Proteção de Dados Pessoais) entrou em vigor para organizar tudo o que envolve a tratativa de dados pessoais.
Dados pessoais, neste contexto, podem ser compreendidos como qualquer informação que identifica, ou possa vir a identificar, uma pessoa física (CPF, CNH, localização de um GPS, endereço de IP, dentre outros).
Já o tratamento de dados, diz respeito a toda a atividade de coleta, armazenamento, compartilhamento e exclusão destes dados, sendo que o objetivo não é proibir ou atrapalhar, mas apenas alinhar direitos e deveres.
Dessa forma, é possível minimizar os riscos de comercialização ou vazamento de dados, por exemplo.
Inclusive, para melhor atuação, a LGPD também separa quais dados exigem cuidados ainda mais específicos, como os de crianças e adolescentes.
Todas as questões que envolvem e LGPD são fiscalizadas pela ANPD (Autoridade Nacional de Proteção de Dados).
A LGPD é aplicável para qualquer rede social, entretanto, na sequência, nós vamos afunilar a argumentação para tratar apenas tópicos relativos ao WhatsApp.
Certifique-se de que os clientes tenham concordado em receber mensagens via WhatsApp.
O consentimento deve ser claro, específico e informado. E os clientes devem ter a opção de revogá-lo.
Ao entrar em contato com um consumidor, deixe claro o propósito da mensagem ou do contato. Informe-os sobre o motivo pelo qual você está se comunicando.
Colete apenas os dados necessários para a finalidade específica da mensagem.
Evite coletar informações em excesso que não sejam relevantes para o objetivo do contato.
Mantenha os dados dos clientes seguros e protegidos contra acessos não autorizados.
Utilize medidas de segurança adequadas para proteger as informações.
Mantenha os dados dos clientes atualizados e corretos.
Caso algum deles solicite a correção ou exclusão de seus dados, atenda a esses pedidos prontamente.
Forneça um canal de comunicação fácil para que os clientes possam entrar em contato com você para esclarecer dúvidas, solicitar a exclusão de dados ou fazer outras solicitações relacionadas à privacidade.
Defina um período de retenção de dados apropriado para as informações coletadas.
Mantenha os dados apenas pelo tempo necessário para a finalidade original.
Certifique-se de que sua equipe esteja treinada e consciente das regras da LGPD.
Eles devem entender a importância de seguir as diretrizes de privacidade ao interagir com clientes via WhatsApp.
Mantenha registros claros e documentados do consentimento dado pelos clientes para receber mensagens via WhatsApp. Isso pode ser útil em caso de verificações ou auditorias.
Após entender algumas das particularidades da LGPD quanto ao uso do WhatsApp, é importante conhecer os riscos de negligenciar a lei.
Conforme mencionado, as empresas que não se adaptarem a lei podem sofrer multas que podem chegar a 2% do faturamento, limitado a 50 milhões.
Então, é essencial que a sua marca se adapte à LGPD ao utilizar o WhatsApp e minimize os riscos envolvidos.
Inicialmente, garantir todas adaptações pode parecer complexo, mas ao contar com boas ferramentas e profissionais esse processo é simplificado.
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Administrador e especialista em CRM para Varejo, Inbound Marketing, Marketing de Conteúdo e SEO, Carlos Nascimento é pós-graduado em Marketing Digital pelo UniBH e em Gestão Estratégica do Conhecimento pela UFMG. Com experiência em empresas como Dito CRM, Rock Content e E-goi, atua na criação de estratégias que impulsionam a retenção de clientes e otimizam a conversão no varejo.
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