Sumário
ToggleNo panorama empresarial contemporâneo, a conscientização acerca das preocupações ambientais, sociais e de governança (ESG) tem ganhado destaque.
Afinal, as empresas estão percebendo que adotar práticas sustentáveis e éticas como parte de sua responsabilidade corporativa é uma estratégia de negócios bastante vantajosa.
Inclusive, segundo um estudo citado pelo E-commerce Brasil, 78,4% das empresas brasileiras estão integrando os princípios do ESG na formulação de suas estratégias.
A sua marca tem interesse em incorporar os preceitos do ESG em suas operações de varejo?
Continue a leitura e veja como o ESG pode promover a rentabilidade e a sustentabilidade do seu negócio a longo prazo!
O que é ESG?
Antes de tudo, é importante contextualizarmos o que é ESG; sigla para Environmental, Social and Governance.
O ESG abrange três pilares interconectados: o pilar Ambiental, o Social e o da Governança:
- Ambiental: este componente aborda a gestão responsável dos recursos naturais, a redução das emissões de carbono, a minimização de resíduos e a proteção da biodiversidade;
- Social: já este pilar, envolve as relações da empresa com seus colaboradores, clientes, comunidades e a sociedade em geral;
- Governança: este componente, por sua vez, abrange a transparência, a ética, os riscos socioambientais e estruturas de controles internos;
Transformação nos padrões de consumo
Agora que já temos o conceito de ESG fresco na cabeça, vamos falar um pouco sobre como a crescente preocupação do consumidor com a sustentabilidade nos últimos anos, transformou os padrões de compra da população.
A crescente disposição dos consumidores, por exemplo, em pagar mais por produtos fabricados de maneira sustentável, ou que abracem princípios de sustentabilidade, é um ótimo indicador disso.
De acordo com um estudo conduzido pela Union + Webster, mencionado pelo Sebrae, 87% dos cidadãos brasileiros têm preferência por adquirirem itens provenientes de empresas que adotam práticas sustentáveis.
Inclusive, você já ouviu falar na tendência do “Recommerce ou Resale”?
Ela engloba a compra e venda de produtos usados e é uma prática que tem se popularizado progressivamente (e que tem tudo a ver com ESG).
Em 2016, se questionássemos um grupo de consumidores sobre a possibilidade de comprarem um produto usado, apenas 32% manifestariam interesse.
No entanto, essa perspectiva evoluiu substancialmente, alcançando 92% nos dias atuais. (Fonte: Mundo do Marketing).
Qual é o impacto positivo do ESG?
A adoção de práticas ESG por empresas varejistas, não somente se alinha com essa transformação dos padrões de consumo, como também ajuda a mitigar riscos, aprimorar a reputação da marca e garantir uma vantagem competitiva duradoura.
Em especial o setor varejista, com sua vasta cadeia de suprimentos e amplo alcance de clientes, detém grande capacidade de efetuar um impacto social e ambiental significativo ao adotar estratégias de ESG.
As ações de ESG realizadas por empresas impactam além do ambiente corporativo.
Segundo Oscar Freire, líder de ESG da Voke:
“O ESG transforma a relação dos colaboradores, clientes e fornecedores com a empresa. Eles podem observar com transparência como ela está agindo para prevenir riscos e promover práticas responsáveis e sustentáveis. Essa mudança leva essas partes interessadas a refletirem sobre como aplicar mudanças e melhorias em suas próprias vidas.”
Há também outros impactos positivos, como a forma com que a empresa passa a organizar os seus resíduos, reduzindo o desperdício, e a preocupação que passa a ter com o reaproveitamento de materiais, resultando em redução de custos para o negócio, entre outros.
Como um varejista pode aplicar iniciativas de ESG?
É muito comum vermos divulgações grandiosas de ações de ESG.
Essas publicações em veículos renomados de comunicação podem passar a ideia de que é preciso muito esforço ou um orçamento muito robusto para começar uma iniciativa de ESG.
Mas isso não é necessariamente verdade. O importante para uma empresa que está pensando em começar ações de ESG é simplificar os seus primeiros passos.
“O primeiro passo é levantar os temas materiais, aqueles que são relevantes para a empresa. Em seguida, mapear as principais ações internas conectadas a esses temas e colocar ainda mais energia nelas. No caso da Voke, nós já tínhamos muitas iniciativas voltadas para nossos colaboradores, então começamos ampliando o seu alcance. Incentivar as ações positivas que já existam dentro da sua companhia é um ótimo caminho para fortalecer a cultura ESG e adotar práticas sustentáveis que agreguem valor ao seu negócio.”, aconselha Oscar.
Sustentabilidade Amplificada pela Tecnologia
Não é de hoje que as inovações tecnológicas estão redefinindo o varejo, concorda? E inclusive, muitos outros setores.
Portanto, quando falamos de ações ESG, isso não poderia ser diferente.
Existem muitas maneiras pelas quais a tecnologia pode ser integrada ao ESG e nós trouxemos algumas situações para ilustrar:
- Experiência do Cliente Aprimorada: A análise de dados possibilita a personalização das ofertas, reduzindo o excesso de produção ao direcionar produtos específicos para consumidores com base em suas preferências e necessidades individuais;
- Economia Circular: Tecnologias de rastreamento, como a blockchain, permitem rastrear cada etapa da vida útil de um produto. Isso assegura a utilização de materiais mais sustentáveis em sua produção e garante sua destinação adequada;
- Engajamento Comunitário: Por meio das redes sociais e plataformas digitais, as empresas podem envolver os seus clientes em causas sociais e ambientais a partir das ações que promovem, fortalecendo os vínculos e construindo uma comunidade engajada;
A convergência entre os princípios do ESG e as inovações tecnológicas no setor varejista representam um passo crucial em direção a um futuro mais sustentável e ético.
Empresas que adotam, não só as práticas citadas neste artigo, como tantas outras relacionadas, satisfazem as expectativas dos consumidores modernos e também contribuem para moldar um ambiente empresarial que valoriza a ética, a responsabilidade ambiental e a transparência.
Você concorda com essa ideia? Compartilhe este artigo com seus colegas de trabalho e sua equipe, vamos ampliar essa discussão!
Artigo escrito pela parceira da Dito: https://www.voke.tech/